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Alomorfia
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Por entre inquietações e versos, Alomorfia entra de rompante, sem sequer pedir
perdão ao silêncio – o maior abismo da alma. Na sua essência, a banda assemelha-se
a um corpo introspectivo que se ergue perante o ruído e a palavra, e assim, aproxima-
se passo a passo do indizível. Transformando a busca pelo eu em manifesto.
"Devaneio s", o seu primeiro EP, de uma frequência narrativa e catártica, apela ao
ouvinte que se catapulte, para depois chegar, ritmadamente a suspender-se. Só assim,
perene, se poderá oscilar enquanto questão, não direccionando o seu foco apenas à
resposta. Este grupo movido a existencialismo, euforicamente se redige e redirige
filosófica, poeticamente; rejeitando toda e qualquer rigidez ao pensamento. A partir de
tal, propõe-se, então, a tecer um universo através do vazio: matéria-prima do supra-
sensível e do inconsciente. Onde de pouco valerá tentar distinguir o sonho da vigília, é-
nos ensinado, aqui, a recusar a lógica e antes de tudo: sentir.
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