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Ao longo de pouco mais de uma década, o artista brasileiro Thiago Martins de Melo desenvolveu uma obra em pintura que se afirma como uma das mais singulares de sua geração. Em seus trabalhos, quase sempre feitos em óleo sobre telas de grandes dimensões, expõe as violências que os detentores do poder real do Brasil historicamente impõem a quem escapa às normas que estabelecem ou desafie os privilégios de classe, cor e gênero de que desfrutam. Em particular, seus trabalhos se debruçam sobre os abusos por séculos cometidos contra as populações de origem indígena e negra no país. Em seu primeiro filme – bárbara balaclava, 2016 –, o artista edita e anima, valendo-se de técnica de stop-motion, imagens retiradas de quase quatro mil pinturas feitas em diferentes tamanhos e suportes especialmente para serem usadas nesse projeto. O filme alarga a ambição narrativa que Thiago Martins de Melo demonstra em sua trajetória sem alterar a vontade de desafiar narrativas que justifiquem práticas de dominação no país. Nesse sentido, bárbara balaclava pode ser entendido como o esboço de uma contra-história do Brasil, feita mais de sugestões ou pedaços do que de um discurso escorreito e unificado.
Texto de Moacir dos Anjos
Thiago Martins de Melo nasceu em São Luis do Maranhão em 1981, onde vive e trabalha. O artista participou de diversas exposições institucionais, tais como: such as Queermuseu - Cartografias da diferença na América Latina, Santander Cultural, Porto Alegre (2017); 6° Prêmio Marcantonio Vilaça, MuBE – Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia, São Paulo (2017); Soft Power. Arte Brasil, Kunsthal Kade, Amersfoort (2016); Dakar Biennale, Dakar, (2016); Histórias da Infância, MASP, Museu de Arte de São Paulo, São Paulo (2016); Entre-temps... Brusquement, et ensuite, 12e Biennale de Lyon, Lyon (2013); Imagine Brazil, Astrup Fearnley Museet, Oslo (2013); Convite à Viagem – Rumos Artes Visuais, Paço Imperial, Rio de Janeiro (2012); To be with art is all we ask, Astrup Fearnley Museet, Oslo (2012); Dos Percursos e das Poesias, Museu de Arte Contemporânea do Ceará, Fortaleza (2012).
Moacir dos Anjos é pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco, no Recife, onde coordena, desde 2009, o projeto de exposições Política da Arte. Foi diretor do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães - MAMAM (2001-2006), Recife, e pesquisador visitante no centro de pesquisa TrAIN – Transnational Art, Identity and Nation, University of the Arts London (2008-2009). Foi curador do pavilhão brasileiro (Artur Barrio) na 54ª Bienal de Veneza (2011), curador da 29ª Bienal de São Paulo (2010), co-curador da 6ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre (2007), e curador do 30º Panorama da Arte Brasileira, Museu de Arte Moderna (2007), São Paulo. Foi curador das mostras coletiva Cães sem Plumas (2014), no MAMAM, A Queda do Céu (2015), no Paço das Artes, São Paulo, Adornos do Brasil Indígena – Resistências Contemporâneas (2016), no SESC Pinheiros, São Paulo, e Emergência (2017), no Galpão Bela Maré, Rio de Janeiro. Foi também curador de exposições retrospectivas dos trabalhos de Cao Guimarães (2013), no Itaú Cultural, e de Jac Leirner (2011), na Estação Pinacoteca, ambas em São Paulo. Publica regularmente em revistas acadêmicas e catálogos de exposição. É autor, entre outros, dos livros Local/Global. Arte em Trânsito (Zahar, 2005), ArteBra Crítica (Automátia, 2010) e Contraditório (Cobogó, 2017), além de editor de Pertença, Caderno_SESC_Videobrasil 8, São Paulo (SESC/Videobrasil, 2012).
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