Cada vez mais (mal) habituados a finais de tarde assim, na próxima Quinta-Feira tornamos a cozer dois pontos do tecido artístico da nossa cidade com mais duas exposições e entrarem-nos pela casa a dentro e a tratar-nos por "tu" durante o próximo mês.
No âmbito do ciclo "DA DERIVA" com a curadoria de João Baeta, a MUPI Gallery do Maus Hábitos torna a revestir-se (pelas 18:30) com fibra portuense através de VON CALHAU!, designação do corpo de trabalho desenvolvido em comunhão por Marta Ângela e João Artur e que apresentam "Figurunhas" (patente até 20 de Novembro", uma exposição onde "a vista pára e pensa" e que nos ensina "o ABC da obsessão num abcesso mineral".
"Figurunhas" da dupla VON CALHAU! patente até 20 de Novembro no Maus Hábitos
Já pelas 19h00, antecipamos as comemorações do Carnaval na Sala de Exposições com "Cortejo de Despedida" da artista visual e investigadora Amanda Elosa (Santos, 1993).
Pegando nos espasmos de alegria libertina que a quadra representa - passíveis de nos dar uma janela de conforto e diversão no meio do caos - o Carnaval contemporâneo torna-se um símbolo de liberdade romântica - de caráter agridoce, diga-se - misturando excessos com momentos de alegria numa espécie de utopia no meio da realidade.
“Cortejo de Despedida” é uma série de estandartes carnavalescos que narra, com humor e ironia, o processo de um término amoroso.
Incitando as histórias distópicas dos relacionamentos contemporâneos, as frases criam um grande bloco ao avesso, que celebra a dor do amor nos dias de hoje.
Sob um olhar feminino, grita as angústias da mulher nos conflitos amorosos atuais, ao invés de escondê-los.
(SANTOS, 1993)
Amanda Elosa (Santos, 1993) é artista visual e investigadora.
Formou-se em Comunicação na Escola Superior de Propaganda e Marketing e é pós- graduada em Práticas Artísticas Contemporâneas pela Fundação Armando Álvares Penteado.
Caminhando entre a imagem e a palavra, a sua obra tem como objetivo estudar os relacionamentos contemporâneos e a sexualidade feminina. Na busca pelo significado do amor, a artista passa por memórias do próprio corpo para encontrar suporte para suas criações. Entre imagens explosivas e textos afiados, Elosa conta ao mesmo tempo com a ironia e a sensibilidade para falar sobre as novas -e antigas-, formas de amar.
Apresentou trabalhos no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (BR), Museu de Arte Brasileira (BR), Prisma LX (PT), Yellow Cube (FR), Ateliê 397 (BR), entre outros. Passou por residências artísticas como o HANGAR em Lisboa, o Kaaysá, em Boiçucanga, R.A.R.O em Barcelona e L´OpenBach em Paris.
Atualmente vive e trabalha no Porto.
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